terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O CORINTHIANS, HOJE, É MAIS DO QUE UM CLUBE


O termo "mais que um clube" até já foi usado por aqui para designar ações sociais envolvendo grandes clubes no Brasil. É o lema que o Barcelona adotou, na grande virada de marketing que fez no início da década. E, aos poucos, essa ideia começa a ser usada pelo Corinthians, em nível e propósitos diferentes daqueles que moveram o clube espanhol, mas que são igualmente eficientes para promover a marca do clube. Muitas perguntas já foram feitas aqui sobre como o vôlei, o basquete e outras modalidades podem trabalhar para não depender de um patrocínio, da mudança de cidade, da grana da TV, etc. A saída, ao que tudo indica, é imitar os clubes de futebol. E, pelo que tem feito em algumas ações nos últimos anos, o próprio Corinthians serve de exemplo. Os clubes precisam fortalecer suas marcas. Para isso, têm de fazer iniciativas que mostrem que eles são "mais que um clube". O time de vôlei, por exemplo, não pode se contentar em ter um patrocinador ou a benevolência de uma cidade que deem o nome à equipe. Tem de ir atrás de outras fontes de receita para não depender desse apoio único. Mais ou menos como o futebol fez nos anos 30-40, buscando ir além da boa vontade do dirigente "amador" e captando dinheiro da bilheteria, por exemplo. E que, depois, ao longo do tempo, também soube buscar a receita, seja na venda de direitos de transmissão, nas cotas de patrocínio, venda de produtos oficiais, etc. E o que o Corinthians tem a ver com isso? Bom, mais uma vez, o clube mostrou que está à frente dos outros. Pelo menos nas iniciativas ousadas de marketing. O Timão anunciou ontem a parceria com Ricardo Zonta para ter um carro na Copa Caixa Stock Car em 2010. Carro que vai ter a marca do Corinthians e o número 100, referente ao centenário alvinegro. Não é só o futebol que explica a força de um Corinthians. Ela transcende o gramado e assume qualquer espaço em que haja um torcedor do clube disposto a consumi-lo. E, ao fechar um acordo para levar sua marca à Stock, o Corinthians prova essa capacidade de ir além do futebol e ser, de fato, uma "empresa", "uma grife", uma "marca". Não importa o termo a ser usado, mas o conceito que se transmite. O maior mérito, nessa história toda, é que a diretoria de marketing alvinegra não atropela o planejamento financeiro em busca dessa "ostentação" de eventos para participar com a marca Corinthians. A política do clube é não investir dinheiro nesses projetos. Até agora, isso tem dado resultado. O risco é minimizado e, o marketing, valorizado. Hoje, pode-se dizer que o Corinthians já começa a pensar como algo além de um clube de futebol. Entre erros e acertos, é verdade, mas sabendo que é mais do que um clube. (TEXTO DE ERICH BETING)

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