Pronto, acabou! Depois de sete jogos sem vencer o velho rival, quase quatro anos, o Corinthians ganhou do Palmeiras, por 1 a 0 (gol de cabeça de Jorge Henrique, logo aos seis minutos) e acabou com as brincadeiras. E nem precisou de Ronaldo Fenômeno, que não jogou, e mesmo de Roberto Carlos, expulso aos oito minutos de partida. Depois, da expulsão de Roberto Carlos, limitou-se o Corinthians a se defender, com bravura, disputando cada bola como que, faminto, vai em busca do prato de comida. Contou também, é claro, com a falta de competência ofensiva do inimigo, sem se importar em dar ao Palmeiras a posse de bola. Sem Diego Souza, o ataque palestrino é nada, ou quase nada, bem ao contrário de outros carnavais. É bem verdade que não me lembro de nenhuma defesa de Marcos, enquanto mesmo diante de um ataque incapaz, o goleiro do Corinthians, Felipe, fez três ou quatro defesas muito importantes, culminando com uma, nos últimos segundos, ao encaixar uma bola desferida de cabeça, da pequena área, pelo zagueiro Danilo. Quanto à arbitragem muito pouco a reclamar. Nos lances polêmicos foi mesmo justa a expulsão de Roberto Carlos, por usar imprudentes carrinho e força excessiva, assim o acertou o juiz Seneme ao anular o gol de Daniel Lovinho - creiam! -, pois havia somente um adversário entre ele e o gol, quando a regra exige no mínimo dois. No fim, a expulsão de Clayton Xavier, que reclamou de falta existente, mas sabe-se lá qual foi o tom da bronca. Destaques do clássico? Para mim, dois: o goleiro Felipe, repito, autor de boas defesas, o pequeno gigante Jorge Henrique, capaz de fazer um gol de cabeça, apesar da baixa estatura, e de correr o campo inteiro, até na lateral-esquerda. Enfim, além de quebrar o tabu, o Corinthians revela autoconfiança no ano de seu Centenário, enquanto o velho rival mostra que paga o preço pelo fracasso na reta final do ano passado. São pequenos os investimentos e de dar dó o seu ataque.
TEXTO DE AVALLONE (UOL BLOG)
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