A rivalidade paulista volta a aflorar neste fim de semana. São Paulo x Santos, sábado, no Morumbi, e Palmeiras x Corinthians, domingo, no Pacaembu, prometem pegar fogo e acabar com as unhas dos torcedores. O confronto único vale vaga na final do Campeonato Paulista de 2011. Sem Lucas, que se recupera de um estiramento na coxa direita, a responsabilidade ofensiva do São Paulo será dividida entre Ilsinho e Dagoberto, que vivem grande fase. Do lado santista, Ganso e Neymar são as esperanças de gols. Falando em gols, inspirações não faltam opara o quarteto. Pelé, com 31 gols, e Serginho Chulapa, com 21 gols, são os maiores artilheiros do San-São. Em caso de empate neste sábado, o confronto será decidido nos pênaltis. O primeiro embate entre as duas equipes, inclusive, realizado em 11 de maio de 1930, pelo Campeonato Paulista, também terminou em igualdade: 2 a 2. Desde então, São Paulo e Santos disputaram outras 279 partidas entre si. O Tricolor leva vantagem na história do clássico, e contabiliza 124 vitórias, contra 90 do rival e 66 empates. Um dos casos recentes mais relembrados envolvendo os dois clubes aconteceu no Brasileirão de 2002. Liderados por Diego e Robinho, jovens promessas do time, os santistas protagonizaram a derrocada são-paulina na competição. O Tricolor, que se classificou em primeiro, se viu inoperante frente ao Santos, que passou apenas em oitavo, nas quartas de final. Antes disso, na fase classificatória do Brasileirão, em confronto no Morumbi, o santista Diego comemorou o gol da virada santista (2 a 1) em cima do símbolo são-paulino, no estádio. A situação gerou revolta dos tricolores, que, mais tarde, conseguiram virar novamente o jogo e garantir a vitória. Desta vez, em 2011, o São Paulo vê a nova geração santista, com Neymar e Paulo Henrique Ganso, crescer e ganhar notabilidade pelo bom futebol. Mesmo assim, o tricolor aposta na solidez defensiva - o trio Rhodolfo, Alex Silva e Miranda - para parar o clube da Vila Belmiro. Neste sábado, os times decidem quem chega à final da edição 2011 do Paulistão, que reúne os quatro maiores clubes do estado na reta final.Um clássico com mais de 90 anos de História. Uma história iniciada em 6 de abril de 1917, quando o Palmeiras ainda era Palestra Itália. Na ocasião, vitória alviverde por 3 a 0, com três gols de Caetano Izzo. Apesar da estrela de Caetano, é do corintiano Cláudio Pinho o título de maior artilheiro do Dérbi: 21 gols. Inspirados ou não em Caetano ou Cláudio, Kleber e Liedson serão o centro das atenções no Pacaembu. Mas e o "chute no vácuo" de Valdivia? A polêmica, que virou pauta das coletivas nesta semana, também promete apimentar a partida. Na história recente, o período entre 1999 e 2000 marcou os mais intensos confrontos entre Palmeiras e Corinthians. Na Copa Libertadores de 1999, os rivais se encontraram nas quartas de final da competição. No primeiro jogo, no Morumbi, o Palmeiras venceu por 2 a 0 com grande atuação do goleiro Marcos, que logo depois teve o nome 'santificado' pela torcida alviverde, e passou a ser chamado de "São Marcos". Na volta, o Corinthians reagiu, venceu pelo mesmo placar também no estádio são-paulino, mas viu, nos pênaltis, o Santo brilhar novamente. Marcou defendeu a combrança de Vampeta, viu Dinei chutar na trave e comemorou a classificação palmeirense, que mais tarde levaria o clube ao título sul-americano.Ainda no mesmo ano, os clubes se enfrentaram na final do Paulistão. O Palmeiras, que poupava seus principais atletas para o confronto decisivo da Libertadores, levou um time reserva para o primeiro jogo da decisão, no Morumbi, e foi derrotado por três a zero. Na volta, o empate em 2 a 2 e as provocações do corintiano Edilson geraram um intenso confronto entre os jogadores, que determinou o encerramento precoce da partida, novamente no palco são-paulino, e o título ao Corinthians. Mais tarde, em 2000, novamente pela Libertadores, Palmeiras e Corinthians se enfrentaram pela semifinal da Libertadores. O Timão esperava dar o troco no rival pelo ano anterior, e se classificar para a final da Libertadores, mas viu, novamente, a estrela do goleiro palmeirense brilhar. As duas partidas entre os clubes foram marcadas pelas viradas e superações. No primeiro jogo, o Corinthians venceu por 4 a 3, mas viu o Palmeiras marcar 3 a 2 na volta. Nos pênaltis, o verdão acertou as cinco cobranças. Já o Timão, perdeu a quinta com Marcelinho Carioca, que parou nas mãos de Marcos. No domingo, os times se enfrentam em uma única partida, no Pacaembu. O goleiro Marcos tem poucas chances de participar da partida, dando lugar a Deola. Mesmo assim, os representantes atuais prometem dar vida à rivalidade no Dérbi. (lanceativo)
