TEXTO DE AVALLONE - Blog do avallone - uol esportes)
No caso, cabe o velho chavão: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Falo de Ronaldo, autor da pior partida que o vi jogar, o que daria todo o direito da torcida em vaiá-lo, de o técnico substituí-lo e coisas do gênero, típicas do futebol. Nem entra em discussão aqui a efemeridade da glória, se no ano passado Ronaldo foi herói e agora, nesta temporada, autor de dois míseros gols. A paixão não tem razão e nem tempo certo para acabar. Essa é uma coisa, acima citada. A outra é que nada justifica a hostilidade, o jogador cercado por um grupo de torcedores e, pelo menos por um deles (será só um?) ofendido moralmente, pois consta terem sido constrangedoras ofensas, envolvendo a quem nada tinha ver com isso. E aí o que faz Ronaldo? Reage, não com socos e pontapés, mas com um gesto. Gesto obsceno, é verdade, politicamente incorreto, mas - meu Deus! - não dá para entender? O Fenômeno, na quarta-feira um jogador abaixo da média, é um ser humano, tem o direito de não ser ofendido como cidadão. O gesto, ah, o gesto, não será hipocrisia a crítica excessiva? É preciso abaixar a cabeça e engolir sapos, como se fosse o maior vilão da História. Creio que não é bem assim. Ronaldo até que foi ponderado ao emitir uma nota com pedido de desculpas porque está claro que ele não quis ofender a torcida corintiana. Pelo contrário, foi até ofendido por um torcedor ou por um grupo. Neste caso - e não pela má forma - não lhe cabe condenação. Trata-se de um ser mortal e falível, um ser humano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário