Quando Júlio Cesar, goleiro do Corinthians, percebeu que após a redução da luxação no dedo, mais o curativo rápido e mais a luva, dariam para ele aguentar mais 5 minutos, viu-se de frente para alguns repórteres paulistas que o conheciam. Quase todos arriscaram perguntar: “vai dar ?” ele disse : “Aqui é Corinthians”. Quem falou isso não foi o jogador, foi o torcedor, foi o louco do bando.
Pouco antes disso, enquanto gemia, foi cercado pelos seus colegas, alguns o abraçavam, outros o afagavam, todos sofreram junto com ele. Esse é o segredo do time, pelo menos até aqui. Fica a impressão de uma família unida que busca o mesmo objetivo, dividindo responsabilidades. Foi uma cena emocionante.
Já repararam que as comemorações da maioria dos gols do time são feitas junto aos reservas ? Tite pode ter uma grande parcela nessas coisas. Não sei dizer se algum líder no grupo está semeando essas idéias de companheirismo e garra. Mas tenho certeza que a torcida tem muita influência nisso. Joga junto, cobra muito, chora junto e não aniquila ninguém.
Claro que nem sempre foi assim ao longo dos anos, mas estou me referindo ao momento atual de um time que está sendo difícil de ser batido.
Amanhã tem pedreira no Pacaembu. O Cruzeiro é forte e sabe que não pode perder porque só tem 15 pontos. E o Corinthians vai viver pela primeira vez 3 ausências de titulares. Vai se medir a força do elenco e a força do grupo.
Fonte: blog Dr. Osmar
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