quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A MINHA HISTÓRIA CORINTIANA


"A MINHA HISTÓRIA CORINTIANA" por Láryos Lima


A copa do mundo de 1994 foi o marco inicial da minha iniciação futebolística. Morava em Valença do Piauí, minha cidade natal e não era ainda um torcedor, mas sim um admirador. Eu gravava o nome dos maiores astros e me preocupava mais com meu álbum de figurinhas do que com os resultados dos jogos. Era fã dos goleiros Zubizarreta, Pagliuca, Thomas Ravelli, Toni Meola, etc. Era fã também dos craques mais clássicos e ousados: Haggi (Romênia), Maradona e Redondo (Argentina), Sony Anderson (Suécia), Stoichkov (Bulgária), Baggio (Itália) e porque não, Romário e Bebeto, ambos do Brasil. O corintianismo veio depois. Após o término dessa copa percebi que o futebol não era só de seleções, mas sim de clubes também. Meus irmãos mais velhos, tios, avô e amigos já vibravam por Neto, Rivaldo, Silvinho, Zé Elias e lembravam de Sócrates, Casagrande, Rivelino e tantos outros. Os outros que não eram corintianos (minoria) não tinham o mesmo entusiasmo pra torcer, era apenas hobby. Percebi que o resto eram times e o corinthians era algo mais. Comecei a torcer apartir daí. Lembro-me de Luis Carlos Wink, o qual conheci aqui em teresina pessoalmente. Lembro também de Edmundo, Silvinho, Marcelinho Paulista, Marques, dos últimos passos de Neto, da chegada do Marcelinho, Souza e do goleiríssimo Ronaldo. Pedi uma camisa aos meus pais. A primeira que ganhei era de pano mesmo, bem rústica, era uma suvinil número 10. Depois vieram tantas, EXCEL, batavo, Medial, até chegar hoje nessa linda camisa do centenário. O amor só aumentava, tiravam onda mas isso alimentava a força da torcida. Os priminhos todos pequenos gritavam corinthians! Ganhamos um paulistão e então eu senti o que era um título. Chegou 98 e eu me mudei pra capital. Depois disso nunca mais perdi um jogo do timão, no sentido de acompanhar pelo menos o resultado. Me trancava no banheiro para rezar pelo time que disputava o Brasileirão com aquele timaço! Ganhamos o Brasileirão de maneira linda! A final, assistimos em Valença. Gritamos tanto que chegamos a acordar um priminho que tinha alguns meses de vida e hoje é torcedor também do timão com seus 12 anos! O gol de Edílson capetinha foi demais! O peixinho de Marcelinho idem. À frente vieram muitos títulos, acompanhei todos. A emoção foi de chorar na final do Mundial de clubes. Ouvi pelo rádio a final do paulistão de 2002. As embaixadinhas de Edílson me arrepiaram. Minha cidade natal sempre foi encoberta por muitos corintianos e minha família é 97 % composta de fiéis torcedores. Entendi o que era ser fiel quando perdemos a tríplice coroa para as pedalads de Robinho. Chorei um pouco, escondido. A chegada de Tévez foi demais, já o acomapanhava no Boca e sabia que era brilhante. O título de 2005 foi na garra! Tínhamos uma máquina! Roger, Mattos, Mascherano, Nilmar, C.Alberto, além do craque Tévez. Estava em Brasília quando iniciamos o brasileirão de 2007. Gostava do time de Carpeggiani. No entanto, após sua saída, as coisas não foram tão bem. Eu nuca imaginei que chegaríamos aonde chegamos. Foi difícil. Na minha casa foi um chororô danado. Mas eu não tirei a camisa do todo poderoso. E fizemos a promessa junto com a torcida: "EU NUNCA VOU TE ABANDONAR". Simplesmente isso é impossível no Corinthians. É a força que faz aumentar a vontade de seguir e não apenas torcer. Quando o time despenca é igual a uma onda no mar, vem mais forte ainda. A maré é a própria torcida, o bando de loucos que, graças a Deus, faço parte. A subida foi emocionante, fizemos festa e tudo mais... a chegada de Ronaldo foi o maior impacto para mim, perdendo apenas para o gol marcado contra o Santos na final do paulista de 2009. Sempre fui fã de Ronaldo. Ainda hoje não acredito que o jogador que mais já admirei no mundo veste a camisa do meu time e a toda hora faz declarações de amor ao mesmo. Isso pra mim já basta. Chorei muito na eliminação da Libertadores deste ano, contudo chorei por ser CORINTIANO. Comemorar o centenério dessa nação foi inesquecível. O dia primeiro estava preto e branco. Nas ruas, avenidas, empresas, universidades, só se vestiam mantos sagrados. O Corinthians é isso. E me fisgou profundamente e eternamente. Que venham as quedas, as subidas e tudo, porque jamais deixarei de declarar meu amor para essa brilhante nação alvinegra! TE AMO, MEU CORINTHIANS! PARABÉNS PELOS 100 ANOS!

Láryos Lima

Um comentário:

  1. cara que historia linda!iso so acontece com o corinthians memso! falou!

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