sexta-feira, 30 de abril de 2010

O MILAGRE DE JÚLIO CÉSAR SALVOU O CORINTHIANS


Corinthians e Flamengo era para ser um confronto inesquecível. Cheio de duelos particulares, a melhor campanha na Libertadores contra a pior. Ronaldo x Adriano. As duas maiores torcidas do futebol brasileiro frente a frente. Mas a expectativa fez água literalmente. O que era para ser um jogo épico tornou-se uma partida de várzea de proporção diluviana. O ‘aquabol’ no primeiro tempo do Maracanã frustrou todo mundo. Deu raiva assistir aquilo. Era questão de tempo para alguém levar um cartão vermelho no festival de carrinhos e divididas nas poças d’águas. O Michael, do Flamengo, trocou a água do campo pela do chuveiro. Era tudo o que o Corinthians precisava. Um jogador a mais em campo e o terreno começando a drenar. Só que deu-se o inverso. O Flamengo foi quem gostou do jogo. À medida que o gramado permitia começou a tocar a bola. O Corinthians continuava na tática dos chutões. Quando conseguia articular uma jogada e a bola chegava a Ronaldo ia tudo por água abaixo. Foi a pior partida do Ronaldo com a camisa do Corinthians. Deu pena. Estava entregue. Num campo encharcado resignou-se na condição de mastodonte. Pesado e imóvel. Se o Flamengo jogou com 10 por quase uma hora, o Corinthians atuou com um a menos os 90 minutos. A verdade é que a tormenta salvou o Corinthians. Enquanto choveu o time de Mano Menezes segurou o resultado. Assim que foi possível praticar futebol só deu Flamengo. O pênalti foi indiscutível, mas a comemoração do Adriano está gerando bate boca até agora.... Ele esboçou uma comemoração, mas refugou como o cavalo Baloubet du Rouet, do cavaleiro Rodrigo Pessoa, nas Olimpíadas de Sydney. Está faltando carinho no império do amor. Mas o nome de imperador que foi realmente protagonista do jogo estava do lado do Corinthians: Júlio César. Aos 32 minutos do segundo tempo o goleiro fez aquela defesa impossível. É o típico lance em que o torcedor vê o gol antes mesmo da bola chegar ao atacante. Quando Adriano saltou o corintiano rangeu os dentes, já imaginando a tragédia. Cabeçada de manual. Em direção ao chão. Mortal. Mas o goleiro milagreiro defendeu e a bola ainda tocou no travessão. Ali o Corinthians renasceu na Libertadores. Ganhou uma chance celestial. Deus pode ser carioca, assim como o Cristo Redentor, mas ontem provou que não é flamenguista. Em matéria divina, São Jorge prevaleceu. Mas é bom o Corinthians jogar bola no Pacaembu, porque milagre não acontece sempre. Se for eliminado é bom arrumar uma arca de Noé e ir habitar outro mundo.

MARCOS ROSENDO

2 comentários:

  1. Sou apaaaaixonada pelo julio cesar *--*

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  2. JOOTHAN_DAMIEL@HOTMAIL.COM3 de dezembro de 2011 às 09:03

    JÚLIO CÉSAR E O MELHOR GOLEIRO DO BRASIL

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