De Vitor Birner
Corinthians 2×1 Palmeiras
A má apresentação do sistema defensivo palmeirense nos 20 minutos iniciais do segundo tempo definiu a vitória do Corinthians.
Os times do dérbi dependem bastante da força na marcação. Quem errou menos atrás, venceu.
Carlos Alberto Parreira, certa vez, disse que futebol se resolve nos detalhes.
O clássico se encaixa bem no exemplo.
Escalações e arbitragem
Corinthians – Julio cesar; Edenilson, Chicão, Leandro Castan e Fabio Santos; Paulinho e Ralf; Emerson, Danilo e Jorge Henrique; Liedson
Palmeiras – Deola; Cicinho, Henrique, Leandro Amaro e Juninho. Marcio Araujo, Marcos Assunção, João Vitor, Valdívia; Maikon Leite e Barcos
Árbitro: Marcelo Rogério; Auxiliares; Marcelo Carvalho Van Gasse e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo
Sistemas defensivas mandam
Os sistemas defensivos de Corinthians e Palmeiras são os pontos fortes de ambos os times.
Os 10 jogadores de linha deles tentam roubar a bola e preencher os espaços.
Dificilmente eles deixam alguém entrar com a gorduchinha na área.
Só o gol de um dos lados poderia obrigar o rival a abandonar o estilo.
Marcos Assunção faz
O volante, no primeiro minuto e meio, cobrou uma falta e dois escanteios.
O Alvinegro precisava evitar as infrações e os arremates de fora da área do experiente jogador.
No confronto equilibrado, os arremates e levantamentos dele eram uma das melohores possibilidade de balançar a rede.
Aos 17, o meio-campo corintiano permitiu o chute dele, a bola desviou em Leandro Castán, e encobriu Julio Cesar.
O gol fez o Corinthians a sair um pouco mais para o jogo. O Alvinegro adiantou a marcação.
O Palmeiras, bem posicionado para os desarmes, recuou e aguardou a equipe comandada por Tite na linha que divide o gramado.
O Corinthians não conseguiu trocar passes em direção ao gol. Apostou nos cruzamentos e chutes de fora da área, tal qual o Alviverde fez desde o início do confronto.
Só que o Palestra, além de continuar tentando os chutes de média distância e levantamentos, também ganhou a possibilidade de contragolpear.
Maikon Leite e Valdívia deram trabalho.
Até o fim da etapa inicial, os comandados de Felipão controlaram o clássico.
Mudou tudo
Futebol é imprevisível, sensacional.
Ninguém, nem os mais fanáticos corintianos, apostaria na virada do time em 6 minutos.
Ela aconteceu.
Os dois gols nasceram de cruzamentos quase iguais. Em ambos, a zaga palestrina falhou.
Paulinho, aos 4, e Márcio Araujo, contra, aos 6 viraram o placar, o clima no estádio e a cara do jogo.
Felipão muda
O Corinthians não necessitava mais dar espaço para a equipe de Felipão contra-atacar.
O treinador palmeirense, por conta disso, tirou Maikon Leite, o atleta de velocidade na frente, e colocou Ricardo Bueno, atacante mais alto.
Estava claro que pretendia reforçar a jogada aérea ofensiva.
Corinthians, melhor
O Palmeiras demorou para se arrumar.
O Corinthians dominou boa parte do segundo tempo.
Quase ampliou a vantagem aos 15, mas Juninho evitou o gol.
Aos 19, Edenilson entrou driblando pelo meio da defesa, chutou da entrada da área, e Deola fez grande defesa.
Felipão tenta arrumar
O Palmeiras perdia o meio-campo. Precisava de mais posse de bola e criação.
Aos 24, Felipão trocou Cicinho por Pedro Carmona.
Márcio Araujo foi para a lateral.
O meio-campo com outro meia e um volante de marcação a menos o deixou dérbi de novo equilibrado.
Aos 27, João Vitor e Artur entrou.
Scolari queria mais pressão na saída de bola e velocidade do lado direito e optou pelo lateral no lugar do volante
Henrique perde a única oportunidade
O Alvinegro, até o final, não obrigou Deola a realizar defesas complicadas.
O Palmeiras levou perigo uma vez.
Tite, aos 39, substituiu Jorge Henrique por Gilsinho.
Aos 43, Liedson e Danilo saíram. Elton e Douglas entraram.
Aos 44, Henrique, que errou no gol-contra de Marcio Araujo, teve boa chance do empate.
Marcos Assunção cobrou a falta, o zagueiro cabeceou no ângulo direito, porém não na direção correta.
A dita cuja passou perto para alívio da maioria dos 29 mil que foram ao pacaembu.
Arbitragem
Os erros do apito não interferiram no resultado.
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