quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PRA VOCÊ, DOUTOR SÓCRATES BRASILEIRO DO CORINTHIANS!


Em um campeonato emocionante, disputado até os últimos segundos em todos os jogos, o melhor da história dos pontos corridos, o Timão se sagra campeão. Mas antes, quero falar de uma pessoa que no decorrer deste ano foi - como sempre - a cara da Fiel, o nosso querido Dr. Sócrates, que infelizmente nos deixou na madrugada do último domingo, fazendo com que o dia decisivo acordasse triste para todos os brasileiros, não só os Corinthianos ou os que amam futebol, mas todos que hoje têm sua liberdade de expressão e direito de escolha no cenário político. O Dr. da bola, o magrão, o gênio. Em 1983, quando perguntado como gostaria que fosse sua morte, o Dr respondeu: "Em um domingo, com o Corinthians campeão". Emocionante, não?

Emocionante também a mobilização dos torcedores nas redes sociais sugerindo que os jogadores durante o minuto de silêncio erguessem o braço direito, com o punho serrado, como sempre fez o Dr. Pedido aceito. Não somente os jogadores como toda a torcida homenagearam Sócrates, com o gesto, com faixas, com gritos. Jamais será esquecido aquele gênio do calcanhar imprevisível. Ao mesmo tempo que o clube pelo qual seus olhos marejavam entrava em campo e o lembrava, seu corpo era sepultado.

Mas o pedido do Dr ainda precisava ser realizado (título corinthiano no domingo de sua morte). Então, iniciou-se o jogo. E com ele, o tradicional sofrimento que nos segue em todas as nossas conquistas. Em um 1° tempo com maior domínio de bola alvi-verde, a única chance do Timão (e melhor do jogo até então) foi no fim, após boa troca de passes entre Willian e Alessandro, que invadiu a área e devolveu a bola, mas Willian não conseguiu finalizar, pois houve um toque em seu pé; na sequência, a bola é chutada mas a defesa afasta. E o Vasco vencendo, e a Fiel cantando, e o nervosismo aumentando!

Aí vem o 2° tempo, os últimos 45 minutos do campeonato mais disputado do mundo. E logo no início, erro da arbitragem: a falta forte de Valdívia deveria ser punida com amarelo. E pouco depois, outro erro: a falta do Wallace, novamente só para amarelo. E segue o sofrimento! E... o fla empata no Rio!

E continua o nervosismo. A bola venenosa do Marcos Assunção nos fez respirar mais fundo. E quando parecia que tudo já havia acontecido, Jorge Henrique prende a bola no ataque e faz o chute no vácuo tão praticado por Valdívia, tão admirado por seus companheiros, e inicia-se o tumulto. Afinal, é Corinthians e Palmeiras! E vem os cartões, fora João Victor (que agrediu), fora Castán (que foi separar a briga); Luan chuta Jorge pelas costas, na frente do bandeirinha e... nada.

Quando tudo se acalma, a Fiel explode. Fim do jogão no RJ, Timão pentacampeão brasileiro, após um ano que se dava como perdido! Aí foi só esperar pelo apito final de um jogo pouco jogado, muito brigado, mas marcante.

E o desejo do Dr se cumpre. E todos agradecemos sua genialidade. E a Fiel dedica o título aquele que nos definiu como um estado de espírito. (lanceativo - por Sônia Fiel)

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