sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Corinthians 2 X 1 Flamengo



Como um placar pode mascarar o que foi um jogo! Até um flamenguista com três neurônios no cabeção sabe o que foi o jogo ontem: um time jogando, outro assistindo; um time atacando, outro se defendendo como podia. Se o Corinthians tivesse feito 4 ou 5 gols ninguém ia chiar que se tratava de uma injustiça. Se só foram 2 gols, os flamenguistas devem agradecer ao acaso e ao goleiro Felipe.

Mas que não se pense que o mérito do nosso Timão foi só a ofensividade. Tite conseguiu neutralizar o perigoso lado esquerdo do Flamengo, com Alessandro em sua primeira partida realmente convincente depois da volta (convincente, pelo menos, em termos defensivos). Leo Moura estava felizmente numa noite pouco inspirada, assim como Thiago Neves. Quanto à zaga, posso assegurar: a do Flamengo é a pior que vi jogar neste campeonato. Como zagueiro, o tal Gustavo é um ótimo boxeador. E para completar, Liedson e Sheik estavam inspirados e se movimentando muito. Foi talvez a melhor partida dos dois juntos; é provável que a maioria só dê destaque ao Liedson, pelos belos gols, mas para mim a partida do Sheik não foi inferior. Ralf e Paulinho, impecáveis (e o Paulinho, hein, não fosse o traíra do gol flamenguista...). Chicão e Castán bateram cabeça umas duas vezes, e o Alessandro (de novo!) não marcou o segundo pau. Mas nada disso abafou o exemplo de segurança de nossa zaga, e é justo que Chicão tenha entrado na seleção da rodada. Já o Ramón, se diminuir os erros de passes, tem tudo para tomar a vaga do Fábio Santos.

Algumas lições acho que dá pra tirar da partida de ontem. Alex fica mesmo com a vaga do Danilo; Sheik também se consolida na posição; Jorge Henrique tem que abrir o olho; e Alessandro, mesmo não atuando mal, deve ceder o lugar para o Weldinho. Agora, a pergunta que não quer calar... Por que em jogos duros e decisivos, contra grandes times, o Corinthians arrebenta e quando pega a turma do Z4 dá uma de bandido? Se quer ser campeão, o Timão tem de refletir sobre isto.

Este jogo provou que o verdadeiro cavalo paraguaio é um time rubro-negro do Rio de Janeiro, onde a coisa há muito tempo começou a feder, e não o nosso glorioso Timão. Nada está ganho, mas provamos, a cada rodada, que temos elenco e regularidade. Vamos com raça e humildade, jogando cada jogo como se fosse uma decisão e evitando tropeços bobos. Vamos com tudo, Timão!

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