quarta-feira, 28 de março de 2012

CORINTHIANS VENCE BEM O CLÁSSICO CONTRA O PALMEIRAS


De Vitor Birner

Corinthians 2×1 Palmeiras

A má apresentação do sistema defensivo palmeirense nos 20 minutos iniciais do segundo tempo definiu a vitória do Corinthians.

Os times do dérbi dependem bastante da força na marcação. Quem errou menos atrás, venceu.

Carlos Alberto Parreira, certa vez, disse que futebol se resolve nos detalhes.

O clássico se encaixa bem no exemplo.

Escalações e arbitragem

Corinthians – Julio cesar; Edenilson, Chicão, Leandro Castan e Fabio Santos; Paulinho e Ralf; Emerson, Danilo e Jorge Henrique; Liedson

Palmeiras – Deola; Cicinho, Henrique, Leandro Amaro e Juninho. Marcio Araujo, Marcos Assunção, João Vitor, Valdívia; Maikon Leite e Barcos

Árbitro: Marcelo Rogério; Auxiliares; Marcelo Carvalho Van Gasse e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo

Sistemas defensivas mandam

Os sistemas defensivos de Corinthians e Palmeiras são os pontos fortes de ambos os times.

Os 10 jogadores de linha deles tentam roubar a bola e preencher os espaços.

Dificilmente eles deixam alguém entrar com a gorduchinha na área.

Só o gol de um dos lados poderia obrigar o rival a abandonar o estilo.

Marcos Assunção faz

O volante, no primeiro minuto e meio, cobrou uma falta e dois escanteios.

O Alvinegro precisava evitar as infrações e os arremates de fora da área do experiente jogador.

No confronto equilibrado, os arremates e levantamentos dele eram uma das melohores possibilidade de balançar a rede.

Aos 17, o meio-campo corintiano permitiu o chute dele, a bola desviou em Leandro Castán, e encobriu Julio Cesar.

O gol fez o Corinthians a sair um pouco mais para o jogo. O Alvinegro adiantou a marcação.

O Palmeiras, bem posicionado para os desarmes, recuou e aguardou a equipe comandada por Tite na linha que divide o gramado.

O Corinthians não conseguiu trocar passes em direção ao gol. Apostou nos cruzamentos e chutes de fora da área, tal qual o Alviverde fez desde o início do confronto.

Só que o Palestra, além de continuar tentando os chutes de média distância e levantamentos, também ganhou a possibilidade de contragolpear.

Maikon Leite e Valdívia deram trabalho.

Até o fim da etapa inicial, os comandados de Felipão controlaram o clássico.

Mudou tudo

Futebol é imprevisível, sensacional.

Ninguém, nem os mais fanáticos corintianos, apostaria na virada do time em 6 minutos.

Ela aconteceu.

Os dois gols nasceram de cruzamentos quase iguais. Em ambos, a zaga palestrina falhou.

Paulinho, aos 4, e Márcio Araujo, contra, aos 6 viraram o placar, o clima no estádio e a cara do jogo.

Felipão muda

O Corinthians não necessitava mais dar espaço para a equipe de Felipão contra-atacar.

O treinador palmeirense, por conta disso, tirou Maikon Leite, o atleta de velocidade na frente, e colocou Ricardo Bueno, atacante mais alto.

Estava claro que pretendia reforçar a jogada aérea ofensiva.

Corinthians, melhor

O Palmeiras demorou para se arrumar.

O Corinthians dominou boa parte do segundo tempo.

Quase ampliou a vantagem aos 15, mas Juninho evitou o gol.

Aos 19, Edenilson entrou driblando pelo meio da defesa, chutou da entrada da área, e Deola fez grande defesa.

Felipão tenta arrumar

O Palmeiras perdia o meio-campo. Precisava de mais posse de bola e criação.

Aos 24, Felipão trocou Cicinho por Pedro Carmona.

Márcio Araujo foi para a lateral.

O meio-campo com outro meia e um volante de marcação a menos o deixou dérbi de novo equilibrado.

Aos 27, João Vitor e Artur entrou.

Scolari queria mais pressão na saída de bola e velocidade do lado direito e optou pelo lateral no lugar do volante

Henrique perde a única oportunidade

O Alvinegro, até o final, não obrigou Deola a realizar defesas complicadas.

O Palmeiras levou perigo uma vez.

Tite, aos 39, substituiu Jorge Henrique por Gilsinho.

Aos 43, Liedson e Danilo saíram. Elton e Douglas entraram.

Aos 44, Henrique, que errou no gol-contra de Marcio Araujo, teve boa chance do empate.

Marcos Assunção cobrou a falta, o zagueiro cabeceou no ângulo direito, porém não na direção correta.

A dita cuja passou perto para alívio da maioria dos 29 mil que foram ao pacaembu.

Arbitragem

Os erros do apito não interferiram no resultado.

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